sábado, 20 de novembro de 2010

Melodias de um amor desordenado

Eu não costumava voltar por portas que antes considerava fechadas. Mas você reabriu uma que eu considerava trancada. Como você encontrou a chave?
Será que o que vivemos hoje é apenas nostalgia, uma saudade daquilo que não podemos ter de volta (ainda)? Ou será que tudo isso que sentimos é aquilo que tanto nos esforçamos, por tanto tempo, para manter adormecido?
Odeio calendários que não se encaixam, desejos que não se equiparam, vidas que tomam rumos tão diferentes mas parecem sempre se encontrar em algum ponto do caminho. Odeio a forma como somos iguais em nossas diferenças e o quanto somos diferentes em nossas semelhanças.
E mudar tudo mudaria alguma coisa? E ter alguma garantia nos faria, de fato, mudar?
E se uma simples atitude no momento errado nos fizesse desperdiçar um sentimento que, assumido em uma hora mais própria, poderia mudar nossas vidas para sempre?
E se todas essas suposições fossem apenas uma desculpa esfarrapada (mas muito bem bolada) mascarando um medo de voltar a sentir, um medo do "sempre"? Pois uma vida sem amor é tão mais tranqüila. Mas será realmente que gostamos tanto de tranqüilidade?
Não, não pode ser. Porque se, de fato, ela nos seduzisse tanto nós não teríamos nos atraído. Ah como eu sei que posso dizer isso.. porque você é a bagunça da minha vida. Aquele tipo de bagunça gostosa que transforma minha vida numa desordem prazerosa.
Eu não sei o que dizer. Muitas vezes não sei nem o que pensar. Os sentimentos nunca se ordenam como os pensamentos.
Ao contrário de você, eu não componho nem toco. Mas escrevo e sinto.
Será que um dia minhas palavras e suas melodias se unirão para se tornar uma canção???

2 comentários:

  1. Lindas e comoventes as tuas palavras, Cris!
    Dá para sentir teu coração em cada palavra que utilizou.. Lindo demais!
    Beijos de quem te admira...

    ResponderExcluir